temática: monocromáticas


 
Eu pensei bastante em como começar a puxar um tema pra este post. Pensei tanto, que acabei me dando conta de que a própria reflexão de como começar poderia ser inserida nele...
Pare, olhe ao redor. Estamos cercados de coisas opostas que trabalham em conjunto para fazer esse todo em que nos encontramos. Para que pudéssemos nascer, trabalharam homem e mulher (ainda que o baby seja de proveta!). A sucessão do tempo é uma alternância entre dia e noite, claro e escuro. As duas mãos são opostas quais imagens no espelho...
Então eu começo a discussão com as dúvidas do... começo!
Inicialmente a ideia era falar sobre perdas, mas decidi desmembrar o tema.
Neste ponto recaio sobre o início, já que perdemos uma coisa e ganhamos outra(s) no lugar: perdemos o dia para ganhar uma noite, perdemos a juventude para ganhar experiência.
Assim, um monocromático será realmente a ausência de cores? Considerando que o branco (teoricamente) compila todas as nuances, seria a presença de todas as cores!
Quando eu li "Cem anos de solidão", de Gabriel García Márquez, uma das ideias recorrentes para mim foi observar o tempo se passando e chegar à conclusão, como Úrsula também o fez, de que o tempo anda em círculos. E várias culturas vêm ratificar essa proposta, como a antiga figura oriental do Yin e Yang, representação chinesa do dualismo de forças opostas do mundo, que se atraem e completam mutuamente.
Da mesma maneira, os fins e começos da vida se enlaçam em fios que dão voltas em torno de nós mesmos, num tempo que anda em círculos, em cores que vão ficando monocromáticas, em dias que se confundem com noites.
As perdas somam-se aos ganhos e resultam no que somos, nos valores que atribuímos às coisas, e no modo como encaramos a vida.

E cá eu volto ao início, terminando minhas poucas palavras e deixando o começo de um novo fio de pensamentos.   ;)
Postado por: Laii

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